sexta-feira, 10 de maio de 2013

"JESUS, A PORTA"




Por Gabriel Felipe M. Rocha

“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” (João 10:09)

Jesus sempre usou expressões simples para falar com os seus. Usava figuras e modelos acessíveis para a inteligibilidade da multidão, pois eram figuras voltadas para o dia-a-dia de cada um. Ali estavam pescadores, por isso Ele chamou alguns para serem “pescadores de homens”; ali estava homens do campo, por isso Ele usou figuras como a “parábola do semeador” e assim falava o mestre, inclusive quando falava de si mesmo para a multidão e para os seus discípulos: “Eu sou a porta”; “Eu sou a água da vida”; “o pão vivo”, o “bom pastor”, etc.
Jesus, embora soubesse do coração duro da multidão e dos olhos e dos ouvidos fechados da mesma (por que assim era profético), não deixou de querer ardentemente ser aceito pelo pecador, pelo contrário, Ele vivia no meio deles como luz para os que andavam em trevas.
Jesus, portanto diz: “Eu sou a porta”.
Interessante que, no versículo 7, Ele diz: “...eu sou a porta das ovelhas”.
Quando Jesus usa essa expressão, ele está se referindo ao seu aprisco, pois em seu aprisco estamos seguros dos ataques dessa última hora e na comunhão do Corpo, alcançamos vida.  Mas havia uma conhecida “porta das ovelhas” ali na qual tem um significado muito importante.
Havia uma porta lateral no templo que era conhecida como “a porta das ovelhas”, mas as ovelhas que entravam por aquela porta, entravam para a morte, pois a culpa do pecado estava sobre cada uma que seria ali instrumento para expiação.
Mas no versículo 11, Jesus diz: “Eu sou o bom Pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas”.
Havia para nós a condenação, pois antes estávamos longe de Deus, no pecado – que leva à morte – Não havia nenhuma porta aberta para a salvação, apenas para a condenação. Mas Deus preparou um projeto.
Jesus, o bom PASTOR é quem passou por essa porta “de condenação”, garantindo a vida eterna para os seus e, assim, se entregou nos dando um novo e vivo caminho.
Mas, Ele, o bom Pastor, venceu a morte, agora, portanto, Ele é a porta para a VIDA. Louvado seja o Senhor!
A porta das ovelhas do templo também aponta para a vida religiosa que, muitos caminham e passam por ela, mas seu fim não é vida, mas sim morte, pois não há um encontro pessoal com o Senhor Jesus. Muitos religiosos têm ouvido que Jesus é a porta, mas tem rejeitado esse convite.
Sendo, agora, a porta para a vida, Jesus convida a todos a entrar por ela: “Eu sou a porta”.
Quando Jesus se revela como a “porta”, ele penetra o coração do homem que, por muito tempo, esteve diante de uma porta fechada. Vivia uma vida presa no pecado, no vício, na desesperança, na aflição, etc. Mas agora uma porta (que foi aberta no Calvário) está diante dele. Jesus é a porta que liberta o homem e o coloca em outro patamar. A porta é um meio de acesso a um cômodo ou a uma casa (tanto para sair, tanto para entrar). Jesus é o acesso que temos ao Pai. Jesus quando diz que Ele é a porta (não uma das portas), mas a única porta, Ele faz um convite. Um convite que pode também ser rejeitado.
Mas Ele nos chama para entrar, pois preparou muitas moradas:
Na casa de meu Pai há muitas moradas” (João 14:2), mas a porta é uma só: Jesus.
Interessante que, quando Jesus diz “Eu sou”, ele tira do homem qualquer dúvida e indagação. Moisés quando fora chamado por Deus para libertar o povo do Egito, não havia tido ainda uma experiência íntima com o Deus de Israel, tanto que perguntou à voz que lhe falara: “Quem eu direi que me enviou?”. Deus disse: Eu Sou te enviou.
Jesus, o bom Pastor, é esse “Eu Sou” (Yaveh). Ele é poderoso em obras, Ele é Deus forte, Pai da Eternidade, grandes são seus atributos e sua glória. Ele é a porta. A esse convite não podemos resistir.
Mas muitos tem, ainda, rejeitado...
Se alguém entrar por mim, salvar-se-á”: É a promessa para quem entra pela porta. A expressão usada no original para “salvar-se-á” é “sodzo”, uma expressão grega que é muito usada no Novo Testamento para indicar “preservar a salvo”, “proteger”, “livras do perigo”, “ajuntar para si”, dentre outras.
Jesus quer que estejamos debaixo de “suas asas”, para que no dia do Senhor possamos vencer e reinar com Ele, enfim receber a nossa coroa. Jesus fez esse convite à Jerusalém, mas essa não aceitou o seu livramento.
“Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste?” (Lucas 13:34).
Mas Jesus, o bom Pastor que deu a vida pelas suas ovelhas ajuntou para si um povo que hoje o adora em espírito e verdade.
“... e entrará, e sairá, e encontrará pastagens”: No frio da noite, nós entramos e nos aquecemos juntos no aprisco do Senhor. Durante o dia, Ele nos leva aos pastos verdejantes (Salmo 23), pois Ele é o nosso bom pastor e nada tem nos faltado. É a benção de fazer parte desse aprisco (Igreja), pois temos todos os dias, além do livramento da morte, o alimento rico e abundante e, no Corpo de Cristo, em seu aprisco, debaixo de suas asas, somos mais do que vencedores, pois Ele nos amou.
Esse processo de entrar e sair do aprisco é um processo diário. Não podemos abandonar essa dinâmica, não podemos rejeitar jamais esse amor, pois Deus ajuntou para si um povo que conhece a sua voz e atende a sua revelação.

“Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas ovelhas sou conhecido” (João 10:14).

Louvado seja o Senhor Jesus!

Gabriel Felipe M. Rocha



Um comentário:

Anônimo disse...

VOU PREGAR ESSA NENSAGEM NA MINHA IGREJA, SE DEUS QUISER! ÓTIMA CONTRIBUIÇÃO, APDSJ!

ROMÉRIO AMANTINO DE MIRANDA